Doença de Parkinson: sintomas, diagnóstico precoce e tratamento atualizado.

Saiba como reconhecer Parkinson, realizar diagnóstico precoce e tratar de forma personalizada para preservar autonomia e qualidade de vida.

Introdução

A Doença de Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais conhecidas, frequentemente associada ao tremor das mãos. No entanto, seus sinais e impactos vão muito além desse sintoma clássico. Trata-se de uma condição progressiva que afeta principalmente os movimentos, mas também pode interferir no humor, no sono, na cognição e no funcionamento do sistema nervoso autônomo. Identificar a doença em seus estágios iniciais permite que o tratamento seja instituído precocemente, aumentando a qualidade de vida e preservando a independência por muitos anos.


Sintomas motores e não motores

O Parkinson é caracterizado por quatro sintomas motores principais: tremor de repouso, lentidão dos movimentos (bradicinesia), rigidez muscular e instabilidade postural. O tremor costuma ser mais evidente nas mãos, em movimento rítmico semelhante ao de “contar moedas”, e pode piorar em situações de estresse. A lentidão dos movimentos compromete tarefas simples, como abotoar uma camisa ou escrever, enquanto a rigidez pode causar dores e limitar a mobilidade.

Mas não são apenas os sintomas motores que importam. Muitos pacientes apresentam manifestações não motoras antes mesmo do diagnóstico. Entre elas estão distúrbios do sono REM (movimentos anormais durante os sonhos), perda de olfato, constipação intestinal, ansiedade, depressão e alterações de pressão arterial. Reconhecer esses sinais ajuda a antecipar o diagnóstico e a iniciar estratégias de cuidado adequadas.


Diagnóstico

O diagnóstico da Doença de Parkinson é clínico e baseado na avaliação neurológica. Exames de imagem, como a ressonância magnética, são úteis para descartar outras condições, mas não confirmam o Parkinson. Em alguns casos, exames específicos de medicina nuclear podem ser solicitados para diferenciar o Parkinson de outros distúrbios semelhantes. A resposta positiva ao uso de levodopa, principal medicamento utilizado, também auxilia no processo diagnóstico.


Tratamento

O tratamento do Parkinson é individualizado e depende do estágio da doença, da idade do paciente e da presença de comorbidades. A levodopa continua sendo a medicação mais eficaz para controle dos sintomas motores, mas existem outras classes de remédios, como agonistas dopaminérgicos, inibidores de MAO-B e inibidores de COMT, que podem ser utilizados isoladamente ou em combinação.

Além da terapia medicamentosa, a reabilitação multiprofissional tem papel central. Fisioterapia melhora a mobilidade e previne quedas; fonoaudiologia ajuda em casos de alterações de fala e deglutição; e terapia ocupacional auxilia na adaptação do ambiente doméstico e das atividades diárias. O exercício físico regular, como caminhada, hidroginástica e até dança, é altamente recomendado, pois melhora não apenas os sintomas motores, mas também o bem-estar geral.

Em casos selecionados, quando os medicamentos não controlam mais adequadamente os sintomas ou causam efeitos adversos importantes, pode-se considerar a estimulação cerebral profunda, uma cirurgia em que eletrodos são implantados em regiões específicas do cérebro para regular a atividade elétrica.


Qualidade de vida e suporte

Viver com Parkinson exige planejamento e adaptação. O suporte familiar e psicológico ajuda o paciente a lidar com as mudanças progressivas, e a informação permite maior autonomia. Manter rotina organizada, alimentação balanceada, hidratação adequada e participação em grupos de apoio também faz parte do tratamento. O neurologista atua não apenas ajustando medicamentos, mas também orientando sobre todas essas dimensões do cuidado.


Conclusão

A Doença de Parkinson é desafiadora, mas não significa perda imediata da independência. Com diagnóstico precoce, acompanhamento especializado e plano de tratamento abrangente, é possível manter qualidade de vida e autonomia por muitos anos. O cuidado contínuo faz toda a diferença no enfrentamento da doença.

Se você ou alguém próximo precisa de ajuda especializada, agende uma consulta com a Dra. Carolina Alvarez através da página de Localização e Contato. Confira também endereço e telefone da clínica no Google Maps.