Esclerose múltipla: primeiros sinais, exames e tratamento personalizado.

Esclerose múltipla: veja sintomas de alerta, exames e terapias modernas de modificação da doença com acompanhamento neurológico.

Introdução

A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória e autoimune que afeta o sistema nervoso central. Nela, o próprio sistema imunológico ataca a mielina, camada que reveste e protege as fibras nervosas, prejudicando a transmissão dos impulsos elétricos entre os neurônios. Isso resulta em sintomas variados, que vão desde alterações visuais até dificuldades motoras e cognitivas. A esclerose múltipla costuma se manifestar em jovens adultos, principalmente mulheres, e pode causar grande impacto se não for diagnosticada e tratada precocemente.


Sintomas iniciais

Os primeiros sinais de esclerose múltipla podem ser sutis e confundidos com outras condições. Entre os mais comuns estão a neurite óptica, que provoca dor ocular e visão embaçada ou turva, além de perda temporária da visão em um dos olhos; a fraqueza ou formigamento em braços e pernas; a falta de coordenação e equilíbrio; a fadiga desproporcional; e sintomas urinários ou de sensibilidade alterada. Como os surtos podem regredir parcialmente, muitos pacientes demoram a procurar atendimento, acreditando que os sintomas desapareceram sozinhos.


Diagnóstico

O diagnóstico da esclerose múltipla exige combinação de critérios clínicos e exames. A ressonância magnética é fundamental para identificar áreas de desmielinização no cérebro e na medula espinhal. A análise do líquor pode mostrar alterações inflamatórias típicas da doença. Além disso, é importante excluir outras causas que podem simular os sintomas, como doenças infecciosas, vasculares ou metabólicas.

Trata-se de um diagnóstico complexo, que deve ser feito por neurologista experiente. A rapidez nessa etapa é essencial, já que o início precoce do tratamento influencia diretamente na evolução da doença.


Tratamento

Não existe cura definitiva para a esclerose múltipla, mas há tratamentos que modificam o curso da doença, reduzindo a frequência dos surtos e retardando a progressão. Esses medicamentos, chamados de terapias modificadoras da doença, atuam no sistema imunológico de diferentes formas. Hoje, existem diversas opções disponíveis, desde injetáveis até comprimidos e infusões, o que permite personalizar o tratamento conforme o perfil de cada paciente.

Durante os surtos, o tratamento costuma incluir corticoides em altas doses, administrados por via venosa, para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação. Além disso, a reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional ajuda a minimizar as sequelas e preservar a funcionalidade. A psicoterapia e o acompanhamento nutricional também são aliados importantes no cuidado.


Estilo de vida e suporte

Além da medicação, medidas de estilo de vida fazem diferença: manter níveis adequados de vitamina D sob orientação médica, praticar atividade física adaptada, adotar alimentação balanceada e evitar o tabagismo são passos importantes. O suporte psicológico e familiar ajuda no enfrentamento emocional da doença, que pode trazer incertezas e desafios a longo prazo. Planejamento familiar e discussões sobre vacinação e gravidez devem ser realizados com o neurologista.


Conclusão

A esclerose múltipla é uma doença desafiadora, mas hoje existem recursos modernos que permitem grande controle. O diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o acompanhamento contínuo são fundamentais para reduzir surtos e preservar a qualidade de vida. Com informação, suporte e cuidado especializado, é possível viver de forma ativa e independente.

Se você ou alguém próximo precisa de ajuda especializada, agende uma consulta com a Dra. Carolina Alvarez através da página de Localização e Contato. Confira também endereço e telefone da clínica no Google Maps.