AVC: Reconhecimento Imediato, Fatores de Risco e a Jornada da Reabilitação Neurológica

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma emergência médica. Este artigo detalha a diferença entre AVC isquêmico e hemorrágico, a importância da janela de tempo para o tratamento, os fatores de risco modificáveis e o manejo neurológico na recuperação.
AVC | Dra. Carolina Alvarez | Neurologista

AVC: Reconhecimento Imediato, Fatores de Risco e a Jornada da Reabilitação Neurológica

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é a segunda principal causa de morte e a primeira causa de incapacidade no mundo. Trata-se de uma emergência médica onde a irrigação sanguínea para uma área do cérebro é interrompida (AVC isquêmico) ou ocorre um sangramento (AVC hemorrágico). Em ambos os casos, o tempo é cérebro (*time is brain*): cada minuto conta, e o reconhecimento imediato dos sintomas é a diferença entre uma recuperação plena e sequelas permanentes. A Dra. Carolina Alvarez, com sua expertise em Neurologia, enfatiza a prevenção, o manejo agudo e a condução do complexo processo de reabilitação, que é crucial para restaurar a qualidade de vida do paciente.

Reconhecimento Imediato: O Que Significa o FAST e Por Que Ligar 192?

Reconhecer os sinais de um AVC é o primeiro e mais vital passo. O acrônimo FAST é uma ferramenta simples e eficaz para identificar os sintomas:

  • **F (Face – Face):** Peça à pessoa para sorrir. Um lado da face cai?
  • **A (Arms – Braços):** Peça para a pessoa levantar os dois braços. Um braço cai ou não consegue ser levantado?
  • **S (Speech – Fala):** Peça para a pessoa repetir uma frase simples. A fala está arrastada, estranha ou a pessoa não consegue falar?
  • **T (Time – Tempo):** Se qualquer um desses sinais estiver presente, é hora de agir imediatamente. Ligue para o serviço de emergência (192) e informe a hora exata em que os sintomas começaram.

A chegada rápida ao hospital, preferencialmente a um centro especializado, é a única maneira de acessar tratamentos que podem dissolver o coágulo (trombólise) ou removê-lo (trombectomia mecânica) no caso do AVC isquêmico, procedimentos que só podem ser realizados dentro de uma janela de tempo restrita e crucial.

Fatores de Risco Modificáveis: O Pilar da Prevenção Neurológica

A grande maioria dos AVCs pode ser prevenida, pois estão ligados a fatores de risco modificáveis que a Dra. Carolina Alvarez gerencia ativamente com seus pacientes. O controle rigoroso dessas condições é a melhor defesa contra o derrame:

  • **Hipertensão Arterial (Pressão Alta):** É o fator de risco mais importante. O controle da pressão arterial é primordial.
  • **Diabetes Mellitus:** O diabetes mal controlado lesa os vasos sanguíneos (macro e microvasculares), aumentando o risco de AVC.
  • **Fibrilação Atrial (FA):** Uma arritmia cardíaca que faz o sangue coagular no coração, e esses coágulos podem viajar até o cérebro. A anticoagulação é essencial nesses casos.
  • **Colesterol Alto:** A dislipidemia contribui para a aterosclerose (placas nas artérias).
  • **Tabagismo e Sedentarismo:** O estilo de vida é um fator de risco que pode ser revertido com mudanças de hábitos.

O neurologista atua em conjunto com o cardiologista e o clínico para garantir que todos esses fatores estejam sob controle estrito, personalizando o tratamento e o monitoramento.

Diagnóstico e Classificação: Isquêmico vs. Hemorrágico

A confirmação do AVC e a diferenciação entre o tipo isquêmico (bloqueio por coágulo) e o hemorrágico (sangramento por ruptura de vaso) são feitas por exames de imagem, como a Tomografia Computadorizada (TC) ou a Ressonância Magnética (RM) de crânio. Esta diferenciação é vital porque o tratamento na fase aguda é diametralmente oposto: no isquêmico, o objetivo é desobstruir o vaso; no hemorrágico, é controlar o sangramento e a pressão intracraniana.

A Jornada Pós-Aguda: A Reabilitação Neurológica Multidisciplinar

Após a fase aguda e a estabilização, inicia-se a longa e essencial jornada da reabilitação. O cérebro tem uma capacidade incrível de se reorganizar (*neuroplasticidade*), e a reabilitação visa explorar essa capacidade ao máximo. A Dra. Carolina Alvarez coordena uma equipe multidisciplinar que inclui:

  • **Fisioterapia:** Para recuperar a força muscular, o equilíbrio e a marcha.
  • **Fonoaudiologia:** Essencial para tratar a afasia (dificuldade de fala e compreensão) e a disfagia (dificuldade de engolir).
  • **Terapia Ocupacional:** Para ajudar o paciente a retomar as atividades da vida diária (comer, vestir-se, escrever).
  • **Neuropsicologia:** Para abordar as sequelas cognitivas e emocionais, como déficit de memória, atenção e depressão pós-AVC.

A intensidade e o tempo de início da reabilitação influenciam diretamente o prognóstico. Um programa individualizado e monitorado pelo neurologista é a chave para maximizar a recuperação funcional.

O Rastreamento de Doença de Pequenos Vasos e Aneurismas

Em alguns pacientes, o AVC é causado por condições mais complexas, como a doença de pequenos vasos (microangiopatia) ou a presença de aneurismas cerebrais (dilatações em vasos). A Dra. Carolina Alvarez utiliza exames de imagem avançados, como a Angioressonância ou a Angiotomografia, para rastrear essas condições, especialmente em pacientes com histórico familiar ou fatores de risco não convencionais, permitindo o tratamento preventivo (clínico ou, se necessário, cirúrgico/endovascular).

Se você ou alguém próximo precisa de ajuda especializada, agende uma consulta com o Dra. Carolina Alvarez. Venha já visitar a nossa clínica no Leblon.