Tontura e Vertigem: Como o Neurologista Diagnostica e Trata Distúrbios de Equilíbrio Complexos
A tontura e a vertigem são queixas extremamente comuns, mas a palavra “tontura” abrange uma vasta gama de sensações, desde um leve desequilíbrio até a sensação intensa de que o ambiente está girando (vertigem). Embora a causa mais conhecida seja a labirintite (VPPB – Vertigem Posicional Paroxística Benigna), o sintoma pode ser um sinal de alerta para problemas neurológicos graves ou condições complexas que exigem a expertise do neurologista. A Dra. Carolina Alvarez é fundamental no processo de diagnóstico diferencial, separando as causas periféricas (do labirinto) das causas centrais (do tronco cerebral ou cerebelo), e conduzindo o tratamento mais adequado para cada paciente.
A Diferença Crucial: Tontura vs. Vertigem e Causa Periférica vs. Central
Entender o que o paciente sente é o primeiro passo para o diagnóstico. A Dra. Carolina Álvarez inicia a consulta com a semiologia detalhada:
- **Vertigem:** É a sensação rotatória, de que “o mundo está girando”. É classicamente associada ao labirinto, mas também pode ter origem no sistema nervoso central.
- **Tontura:** Termo mais genérico que pode ser: desequilíbrio, pré-síncope (sensação de desmaio iminente) ou sensação de “cabeça leve”.
O neurologista precisa diferenciar se a origem é **Periférica** (no ouvido interno, como a VPPB, Neurite Vestibular, ou Doença de Menière) ou **Central** (no cerebelo, tronco cerebral, ou vias vestibulares centrais). Essa diferenciação é feita através de testes neurológicos específicos no consultório e, se necessário, exames de imagem.
Investigação Neurológica: Exames e Testes Específicos para o Equilíbrio
Quando há suspeita de causa central, a investigação do neurologista se aprofunda. Sinais de alerta como tontura que não melhora com o tempo, tontura acompanhada de visão dupla, fraqueza, dormência, ou dificuldade de fala, sugerem uma causa central (podendo ser um AVC, Esclerose Múltipla ou um tumor). Os exames complementares podem incluir:
- **Ressonância Magnética (RM) de Crânio:** Para visualizar o tronco cerebral e o cerebelo, descartando lesões isquêmicas ou estruturais.
- **Videonistagmografia/Vectoeletronistagmografia:** Para analisar os movimentos oculares e a função do labirinto e suas conexões centrais.
- **Testes de Função Auditiva:** Para investigar a Doença de Menière, que pode causar vertigem, zumbido e perda auditiva.
As Condições Neurológicas Associadas à Vertigem: Enxaqueca Vestibular e Distúrbios de Marcha
Além das emergências (como o AVC), o neurologista é o especialista no tratamento de diversas condições crônicas que causam tontura ou vertigem recorrente. A mais comum é a **Enxaqueca Vestibular**, onde o paciente tem episódios de vertigem (com ou sem dor de cabeça) que são uma manifestação da enxaqueca no centro de equilíbrio cerebral. O tratamento é o mesmo da enxaqueca, com medicações preventivas. Outras condições incluem:
- **Vertigem Postural Perceptual Persistente (VPPP):** Uma tontura crônica, com sensação de instabilidade, que persiste por meses após um evento vestibular agudo.
- **Distúrbios de Marcha:** Tontura associada a alterações na forma de andar, frequentemente ligada à Doença de Parkinson, Ataxias ou Demências.
- **Neuropatias:** Danos nos nervos periféricos podem levar à perda de propriocepção (sensibilidade da posição do corpo), resultando em desequilíbrio.
Tratamento e Reabilitação Vestibular: O Foco na Neuroplasticidade
Para muitas causas de tontura e vertigem, o tratamento definitivo é a **Reabilitação Vestibular (RV)**. A RV é um tipo de fisioterapia que utiliza exercícios específicos para “treinar” o cérebro a se adaptar e compensar a disfunção do labirinto ou das vias centrais (explorando a neuroplasticidade). Para casos como a VPPB, a Dra. Carolina Alvarez pode realizar manobras de reposicionamento (como a Manobra de Epley) no próprio consultório. No manejo crônico, a medicação visa controlar os sintomas, mas a RV é a terapia mais eficaz para recuperar o equilíbrio e a confiança do paciente.
Tontura no Idoso: Uma Questão de Segurança e Qualidade de Vida
A tontura em pacientes idosos é uma preocupação séria, pois aumenta o risco de quedas, que podem levar a fraturas e incapacidade. Nesses casos, a causa é frequentemente multifatorial, envolvendo o uso de múltiplos medicamentos (polifarmácia), problemas de visão, neuropatias, e fraqueza muscular. O neurologista desempenha um papel de coordenação, revisando medicações e direcionando para a fisioterapia e o treinamento de equilíbrio, visando a segurança e a autonomia do paciente. O tratamento do desequilíbrio em idosos é um dos pilares da neurologia preventiva.
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