Síndrome das Pernas Inquietas (SPI): Diagnóstico, Causa e Tratamento para um Sono Restaurador

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é um distúrbio neurológico do movimento que impacta o sono. O artigo explora a relação com o sistema dopaminérgico e a deficiência de ferro, detalhando o diagnóstico e o manejo farmacológico para alívio dos sintomas.
Síndrome das Pernas Inquietas | Dra. Carolina Alvarez | Neurologista

Síndrome das Pernas Inquietas (SPI): Diagnóstico, Causa e Tratamento para um Sono Restaurador

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), também conhecida como Doença de Willis-Ekbom, é um distúrbio neurológico do movimento que se manifesta como uma necessidade irresistível e muitas vezes dolorosa de mover as pernas, geralmente associada a sensações desagradáveis como formigamento, ardência, agulhadas ou um “nervosismo” interno. O sintoma tipicamente piora à noite ou durante períodos de repouso, como ao sentar para assistir TV ou deitar para dormir, causando insônia crônica e grave prejuízo na qualidade de vida. A SPI é uma condição neurológica que exige a avaliação de um especialista para um diagnóstico correto e um plano de tratamento que possa, finalmente, oferecer ao paciente um descanso restaurador. A Dra. Carolina Alvarez é especializada no manejo desses distúrbios de movimento e do sono.

A Fisiopatologia da SPI: Dopamina, Ferro e o Sistema Nervoso

A SPI não é um problema ortopédico ou muscular; é um distúrbio primário do sistema nervoso central. A teoria mais aceita para a causa da SPI envolve uma disfunção no **Sistema Dopaminérgico** do cérebro. A dopamina é um neurotransmissor que controla o movimento e, quando há uma alteração na forma como ela é utilizada em certas áreas cerebrais, a sensação de inquietude emerge. Além disso, a SPI tem uma forte associação com:

  • **Deficiência de Ferro:** O ferro é um cofator essencial na produção de dopamina no cérebro. Níveis baixos de ferritina (o estoque de ferro do corpo), mesmo que dentro do limite “normal” laboratorial, podem ser insuficientes para o cérebro e desencadear ou agravar a SPI.
  • **Genética:** A SPI frequentemente possui um componente hereditário.
  • **Gravidez:** Muitas mulheres experimentam SPI durante o terceiro trimestre da gestação, geralmente com resolução após o parto.
  • **Doença Renal Crônica e Neuropatia:** Condições sistêmicas que podem levar a SPI secundária.

Os Critérios Diagnósticos: Identificando a Necessidade Incontrolável

O diagnóstico da SPI é primariamente clínico e se baseia em quatro critérios essenciais, que a Dra. Carolina Alvarez investiga detalhadamente durante a consulta:

  1. **Impulso de Mover:** Forte e incontrolável necessidade de mover as pernas, frequentemente associada a sensações desagradáveis.
  2. **Início ou Piora com o Repouso:** Os sintomas começam ou pioram durante períodos de inatividade (sentado, deitado).
  3. **Alívio com o Movimento:** Os sintomas são total ou parcialmente aliviados pela movimentação (caminhar, alongar), pelo menos enquanto a atividade dura.
  4. **Piora Noturna:** Os sintomas são piores ou ocorrem apenas à noite ou à tardinha.

A investigação laboratorial, com foco na dosagem da **ferritina** e no perfil renal e metabólico, é vital para identificar e tratar as causas secundárias, sendo muitas vezes o primeiro passo para o alívio dos sintomas.

O Tratamento Farmacológico e Não Farmacológico da SPI

O tratamento da SPI é focado em aliviar os sintomas para que o paciente possa dormir. A Dra. Carolina Alvarez personaliza a abordagem em função da gravidade:

  • **Reposição de Ferro:** Para pacientes com ferritina baixa (mesmo que dentro do limite de normalidade), a suplementação oral ou venosa de ferro é o tratamento de primeira linha e, em muitos casos, o único necessário.
  • **Agonistas Dopaminérgicos:** Medicamentos que atuam no sistema de dopamina (os mesmos usados, em dosagens diferentes, para Parkinson) são altamente eficazes para controlar os sintomas graves da SPI.
  • **Gabarina e Pregabalina:** Utilizados para modular a dor e as sensações desconfortáveis, especialmente em casos que não respondem bem aos dopaminérgicos.
  • **Tratamento Não Farmacológico:** Medidas simples como evitar cafeína, álcool e nicotina (especialmente à noite), praticar exercícios moderados, e estabelecer rotinas de sono regulares.

SPI e o Prejuízo no Sono: A Chave da Qualidade de Vida

A Síndrome das Pernas Inquietas é, acima de tudo, um distúrbio do sono. A inquietude noturna impede o paciente de entrar nas fases profundas do sono, levando à insônia crônica, sonolência diurna, irritabilidade e até mesmo depressão. O tratamento bem-sucedido da SPI, conduzido pelo neurologista, tem um impacto transformador, restaurando a capacidade de descanso e, consequentemente, melhorando o humor, a concentração e a qualidade de vida geral do paciente.

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